No dia 9 de outubro comemoramos o Dia Nacional da Sobremesa, uma data definida pra comemorar nossos docinhos, que acabou sendo incorporada ao calendário de restaurantes e confeitarias de todo o Brasil. Antes tarde do que nunca, demos uma de Rubinho e viemos falar um pouco sobre o tema, além de trazer uma deliciosa receita de banoffee.
Com camadas de banana, doce de leite e chantilly, a banoffee é uma torta criada na Inglaterra nos anos 1970, com base de massa de biscoito. Com uma receita relativamente nova, o chef inglês Ian Dowding fez o estômago do mundo todo com essa torta especial.
Mas cabróns, desde quando existem as benditas tortas?
Foi na Grécia antiga que a torta surgiu e caso você já tenha dito que “isso aqui é coisa dos deuses”, realmente, acertou!
Ela era uma oferenda que os humanos ofereciam à Deusa Ártemis, divindade ligada às colheitas, à natureza, à caça e à fertilidade, por isso a forma tradicional do doce é redonda, símbolo da lua, seus ciclos e fertilidade.
A história do surgimento da torta explica também a sua presença obrigatória nas comemorações como almoços de família, aniversários e festividades natalinas, já que o doce também era um símbolo de celebração da vida e do nascimento.
No Brasil, as tortas são levadas ao forno, feito com massa de farinha e recheadas normalmente com carne, camarão, palmito ou ingredientes doces, como a torta holandesa, que é a mais consumida por aqui.
Já os nossos irmãos portugueses a consomem no formato de um bolo enrolado, como um rocambole.
Curiosidade
A torta Holandesa, que leva biscoito de maisena e chocolate, ao contrário do que o nome sugere, vem de Campinas (São Paulo) e não da Holanda.
A receita foi criada por Sílvia Leite em 1991, quando era proprietária de um café no centro de Campinas e deu o nome ‘holandesa’ às tortas em homenagem aos bons momentos que viveu na Europa.
E de onde vem a sobremesa?
Nos banquetes da Idade Média a mesa era posta completa, com carnes, ensopados, pães, tortas, queijos, frutas, bolos, mel. Ninguém diferenciava os pratos e tudo era comido ao mesmo tempo.
A mistura de alimentos mostrava a riqueza e a fartura e quanto mais tivesse, melhor. Foi somente em 1533 que Catarina de Médici saiu de Florença para se casar com o futuro rei francês Henrique II, levando muitos livros de receitas e os cozinheiros de sua corte.
Foi só então que mulheres passaram a ser aceitas nos banquetes, e os súditos aprenderam a comer com garfos e a saborear a sobremesa apenas ao final da refeição.
Alguns séculos depois, foi que a ideia de apresentar os pratos numa certa ordem foi aceita completamente, e os cardápios começaram a ser elaborados dos salgados para os doces.
A vantagem foi a organização da cozinha e a degustação dos pratos salgados quentinhos antes de partir pra sobremesa.
Se esse papo deu água na boca, vamos então à receita de Banoffee, pra você fazer bonito no próximo almoço de domingo (inclusive contar de onde vem as tortas e sobremesas):
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