Por acaso você também está de saco cheio dessa modinha de super-heróis que dominou as salas de cinema no mundo inteiro e anda em busca da experiência de se assistir a um bom e velho faroeste na telona? Sua espera terminou! O novo filme de Tarantino não só promove uma bad trip alucinante no contexto pós-guerra civil americana como traz, de brinde, a primeira trilha sonora ao estilo western do mestre Ennio Morricone depois de 40 anos.

Então, vem agora ver o que tem no pacote que o Tarantino preparou para você no filme “Os 8 Odiados” de 187 minutos que, por sinal, passam rapidinho:

4 motivos para assistir “Os 8 odiados”

Paisagens de tirar o fôlego

Apesar das paisagens desérticas serem características nos filmes de faroeste, não é isso que se encontra no longa de Tarantino. Em vez disso o que se vê são paisagens invernais de tirar o fôlego, aliadas a fotografia do filme, que dão o ar épico aos filmes do diretor. A estrada desoladora e montanhosa do Wyoming soterrada pela neve não serve apenas como pano de fundo, ela é, na prática, uma personagem.

Presença de violência e humor peculiares dos filmes do Tarantino

O nevoeiro e a ventania intensos acabam contribuindo para ampliar a tensão do confinamento dos personagens, além de sugerirem situações hilárias com muito humor negro, como já é de se esperar em todos os filmes de Tarantino.

Os detratores do diretor terão muito do que reclamar neste filme, para a alegria dos fãs que compreendem o uso exclusivamente narrativo e estético da violência na filmografia do cara. Aqui, Tarantino retoma um dos seus temas prediletos, a vingança, e dá à trama toques inusitados de horror gore com cenas escabrosas de derramamento de sangue produzidas pela mesma equipe de efeitos especiais da viciante série de TV “The Walking Dead”.

Diálogos construídos de forma primorosa

Se você é um daqueles fãs xiitas de Tarantino, a primeira lembrança que virá a sua cabeça quando estiver na sessão é justamente a do filme de estreia do cineasta, “Cães de Aluguel” (inclusive por trazer, no elenco, dois de seus principais atores: Tim Roth e Michael Madsen).

Assim como em “Cães de Aluguel”, a maior parte das cenas se passa num local fechado (no caso, um armazém), aonde diálogos repletos de referências históricas vão desvelando os segredos de cada um dos personagens. Em “Os 8 Odiados”, ninguém é o que parece ser — e todos podem ser qualquer coisa. Só mesmo Tarantino para conseguir manter o suspense e a expectativa crescentes se apoiando exclusivamente nos diálogos.

Ótima trilha sonora

Fã de Morricone, Tarantino deu carta branca para que o compositor italiano de 87 anos de idade inventasse o que quisesse. Depois de 40 anos sem escrever temas para o universo do faroeste, Morricone topou o convite, sob a simplória justificativa de que teria ficado “feliz” pelo fato de o cineasta americano ter se declarado um fã de sua música.

O brilhante trabalho de Morricone — devidamente premiado com o Globo de Ouro de melhor trilha sonora — acabou sendo, nas palavras de Tarantino, bem mais uma trilha sonora de terror do que de western, o que agregou ainda mais tensão ao enredo.

Além de todos esses atrativos, assistir ao oitavo e antepenúltimo filme de Tarantino (conforme o próprio tem anunciado), não deixa de ser um verdadeiro alívio cômico em meio a tempos de cinema politicamente correto, com personagens que resvalam em todo tipo de preconceito e se encontram à beira de atitudes condenáveis. No fim do eterno debate entre o que é moral e o que é imoral, o que vale é uma coisa só: entretenimento, e isso o novo filme de Tarantino tem de sobra!

E aí, já se programou para ver “Os 8 Odiados” no cinema? Não se esqueça de curtir nossa página no Facebook e usar a hashtag #chillilovers após sair da sessão e contar pra gente o que achou desse filme, beleza?

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